segunda-feira, 14 de setembro de 2009

VIOLÃO


O violão é o instrumento para onde convergem todos os estilos musicais brasileiros. É o mais importante ponto de contato (talvez o único) entre nosso universo popular e a música clássica.

Uma curiosidade lingüística: nosso idioma é o único em que o instrumento é designado com palavra de origem latina (viola e violão provém do dialeto provençal). Nas demais línguas o étimo é grego (khitara – daí descendem tanto a cítara como a guitarra).

O violão que conhecemos hoje, de seis cordas, surgiu no final do século XVIII. Nesse período o instrumento ganhou a sexta corda (a mais grave) e vários detalhes. Eis os mais importantes: tarrachas mecânicas com rosca-sem-fim (em substituição às cravelhas), trastes fixos feitos de metal (os antigos eram simples pedaços de corda amarrados em torno do braço); boca de ressonância (em substituição às elaboradas rosetas de antigamente) e cavalete mais alto.

Outra alteração importante ocorrida na virada do século XVIII envolve a maneira como a música para violão é escrita. Até então usava-se apenas tablaturas, que são representações gráficas das cordas e casas do instrumento, sem muitos detalhes. A partir do século XIX o violão passa a se valer de partituras. De uma certa maneira, as tablaturas sobrevivem hoje no universo da música popular, na forma das cifras que são vendidas em bancas de jornal.

No Brasil o peso do violão é ainda maior quando se percebe que o instrumento é a porta de entrada de muitos artistas ao mundo da música. Não são raros os casos de violonistas que depois passam para outros instrumentos, obtendo notáveis resultados


A FABRICAÇÃO DO VIOLÃO


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